Escândalos surpreendentes de trapaças olímpicas que abalaram o mundo
Atletas determinados a vencer de qualquer jeito.
Os Jogos Olímpicos são conhecidos por suas emocionantes conquistas atléticas e celebram o melhor do espírito esportivo.
No entanto, por trás do glamour e da celebração, há uma realidade mais sombria repleta de controvérsias e escândalos.
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Casos de doping e confrontos notórios, como o entre Nancy Kerrigan e Tonya Harding, são bem conhecidos, mas há também uma série de histórias mais criativas e surpreendentes sobre trapaças no evento.
Alguns atletas, em sua busca desesperada por uma vantagem injusta, recorreram a estratégias engenhosas e até mesmo fraudulentas para garantir a vitória.
Essas manobras muitas vezes ultrapassam os limites do fair play e refletem a imensa pressão para vencer a todo custo.
Desde táticas inesperadas até trapaças elaboradas, esses episódios desafiaram as normas esportivas e, em muitos casos, resultaram em desclassificações e escândalos que ecoaram pelo mundo.
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Essas histórias são um lembrete de como a ambição por medalhas pode levar atletas a adotar medidas extremas e questionáveis.
As consequências dessas ações não apenas impactam a integridade do evento, mas também servem como lições importantes sobre ética e esportividade.
Para conhecer mais sobre essas trapaças intrigantes e os detalhes por trás delas, confira a lista a seguir.
Jogar para perder
Nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, uma situação inusitada ocorreu durante a fase de grupos do badminton feminino.
A equipe chinesa decidiu perder propositalmente para a equipe sul-coreana.
A razão por trás disso era evitar um confronto direto com outra equipe chinesa antes da final, aumentando assim as chances da China conquistar as medalhas de ouro e prata.
A situação ficou ainda mais peculiar quando a dupla sul-coreana percebeu a intenção das adversárias chinesas e também começou a jogar mal deliberadamente.
No final, quatro equipes foram desclassificadas devido à conduta antidesportiva, tornando esse episódio um dos mais estranhos da história olímpica.
O incidente foi um lembrete de que, mesmo em competições de alto nível, a integridade esportiva pode ser comprometida por estratégias questionáveis.
A desclassificação das equipes envolvidas serviu como uma lição para futuros atletas sobre a importância da ética e do espírito esportivo nos Jogos Olímpicos.
Uma espada trapaceira
O pentatleta soviético Boris Onischenko, medalhista de ouro nas Olimpíadas de 1972 em Munique, buscava repetir seu sucesso nos Jogos de Montreal em 1976.
Desta vez, porém, ele tentou garantir sua vitória de maneira desonesta.
Onischenko manipulou sua espada de esgrima para que o sistema de pontuação registrasse toques inexistentes.
Durante a competição, os árbitros notaram que o placar estava registrando pontos para Onischenko mesmo quando sua espada não tocava no adversário.
A investigação revelou que o atleta havia instalado um dispositivo eletrônico em sua espada para controlar o placar.
O truque foi descoberto e ele foi desclassificado imediatamente.
A mídia apelidou Onischenko de “Boris, o Trapaceiro” e “Disonischenko”, destacando a desonestidade de sua estratégia.
Este escândalo serviu como um alerta sobre o quanto alguns atletas estão dispostos a arriscar para alcançar a glória olímpica.
Trapaça das irmãs gêmeas
Nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984, a atleta porto-riquenha Madeline de Jesus enfrentou um dilema quando se machucou durante a prova de salto em distância.
Incapaz de competir no revezamento 4×400, ela elaborou um plano engenhoso com sua irmã gêmea, Margaret de Jesus.
A semelhança entre as irmãs era quase perfeita, com exceção de uma pequena pinta no rosto de Madeline.
Margaret correu no lugar de Madeline durante as eliminatórias do revezamento, e o plano quase passou despercebido.
No entanto, um jornalista notou a troca e revelou a trapaça, resultando na desclassificação da equipe.
Essa história curiosa destaca como a criatividade e a engenhosidade podem ser usadas para contornar as regras, mas também como a vigilância da mídia e dos árbitros pode ajudar a manter a integridade dos Jogos Olímpicos.
Fingindo ser deficiente
O time de basquete paralímpico espanhol causou alvoroço nos Jogos de Sydney 2000.
A equipe, que deveria ser composta por atletas com deficiências mentais, na verdade era formada por jogadores sem nenhuma deficiência.
O esquema foi arquitetado para aumentar as chances de vitória na competição.
O time (não mostrado na foto) venceu a medalha de ouro, mas a fraude foi revelada posteriormente.
A maioria dos jogadores eram atletas semiprofissionais sem qualquer deficiência mental, o que levantou questões éticas significativas sobre a integridade dos Jogos Paralímpicos.
O escândalo só foi completamente desvendado em 2013, resultando em multas e penalidades para os responsáveis, incluindo Fernando Martín Vicente, ex-presidente da Federação Espanhola de Esportes para Deficientes Mentais.
Ele foi multado e obrigado a devolver subsídios governamentais recebidos de forma fraudulenta.
Sapatos do cabo de guerra
Nos Jogos Olímpicos de Londres de 1908, o cabo de guerra foi incluído como uma das modalidades esportivas.
Surpreendentemente, a equipe de policiais de Liverpool encontrou uma forma inusitada de trapacear, utilizando sapatos pesados para ganhar vantagem.
Os sapatos eram tão pesados que os atletas mal conseguiam andar, mas ainda assim, a equipe conseguiu competir.
Apesar do truque, os juízes decidiram que o uso desses sapatos não violava as regras, pois não havia especificações contra calçados pesados, apenas contra aqueles com pregos salientes.
Esse episódio curioso mostra como a falta de regulamentação detalhada pode ser explorada, mesmo em competições internacionais, e serve como uma lição sobre a importância de regras claras e precisas.
Um toque de calor
Durante as Olimpíadas de Inverno de 1968, em Grenoble, França, a equipe feminina de luge da Alemanha Oriental foi desclassificada após ser pega utilizando uma técnica inusitada para melhorar seu desempenho.
Elas aplicavam fogo nos trilhos do luge pouco antes da corrida, aquecendo-os e reduzindo o atrito.
Pegar carona durante a maratona
Nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 1896, o maratonista Spiridon Belokas foi desclassificado após descobrir-se que ele havia pego uma carona de carruagem durante a corrida, conseguindo assim terminar em terceiro lugar.
Essa não foi a única vez que algo semelhante ocorreu.
Nas Olimpíadas de Verão de 1904, em St.
Louis, Missouri, o corredor americano Fred Lorz pegou carona de carro até perto da linha de chegada.
Ele cruzou em primeiro lugar, mas logo foi desmascarado quando espectadores relataram o ocorrido.
Sua medalha foi revogada imediatamente.
Menor de idade
O time de ginástica da China enfrentou controvérsias devido ao uso de atletas menores de idade.
Nas Olimpíadas de Sydney 2000, foi descoberto que a ginasta Dong Fangxiao tinha apenas 14 anos, abaixo da idade mínima de 16 anos exigida pela competição.
Como resultado, suas medalhas foram revogadas.
Casos semelhantes ocorreram durante os Jogos Olímpicos de Pequim 2008, onde novamente surgiram suspeitas de que ginastas chinesas estavam competindo abaixo da idade mínima.
Apesar dos passaportes indicarem a idade correta, outros documentos sugeriam que as atletas eram mais jovens.
Cliques suspeitos
Nas Olimpíadas de Los Angeles em 1932, o cavaleiro sueco Bertil Sandström foi rebaixado para o último lugar após ser pego usando sons de clique para incentivar seu cavalo durante a competição de adestramento, o que era contra as regras.
Usar um nome falso
O boxeador americano Jack Egan, competindo nos Jogos de St.
Louis em 1904, foi desclassificado após a descoberta de que estava usando um nome falso.
Seu verdadeiro nome era Frank Joseph Floyd.
Ele perdeu suas medalhas de prata e bronze, e o motivo exato para o uso do pseudônimo permanece um mistério.
Bebida alcoólica
Hans-Gunnar Liljenwall, um bem-sucedido pentatleta sueco, teve sua carreira marcada por um escândalo nas Olimpíadas de 1968.
Ele foi desclassificado após testar positivo para álcool, que era uma substância proibida.
Liljenwall costumava beber duas cervejas antes das competições de tiro para acalmar os nervos, mas acabou infringindo as regras de doping.
Cavalos com esteroides
Escândalos de doping são comuns na história olímpica, e até mesmo os animais não escaparam dessas práticas.
Nas Olimpíadas de Atenas de 2004, o cavalo Waterford Crystal, montado pelo cavaleiro irlandês Cian O’Connor, testou positivo para substâncias proibidas, levando à perda de sua medalha de ouro.
Em Pequim 2008, outros casos semelhantes surgiram, envolvendo cavalos de diferentes países, incluindo Noruega, Brasil, Irlanda e Alemanha.
No Brasil, o cavalo Chupa Chup, do cavaleiro Bernardo Alves, foi flagrado com a substância capsaicina em seu organismo, um composto proibido usado em pomadas para aliviar a dor dos animais.